quarta-feira, 29 de abril de 2009

Real Love

Real Love(John Lennon)


All my little plans and schemes,
lost like some forgotten dreams,
seems that all I really was doing
was waiting for you.

Just like little girls and boys,
playing with their little toys.
Seems like all they really were doing
was waiting for love.

Don't need to be alone,
no need to be alone.
It's real love, it's real.
Yes it's real love, it's real.

From this moment on I know
exactly where my life will go.
Seems that all I really was doing
was waiting for love.

Don't need to be afraid,
no need to be afraid.
It's real love, it's real.
Yes it's real love, it's real.

Thought I'd been in love before,
but in my heart, I wanted more.
Seems like all I really was doing
was waiting for you.

Don't need to be alone,
don't need to be alone.
It's real love, it's real.
It's real love, it's real.

Yes it's real love, it's real.
It's real love, it's real.
Yes it's real love, it's real.
It's real love, it's real.
Yes it's real love, it's real.
It's real love, it's real.

_________________________________________________________________
Essa é a letra de uma música composta por John Lennon já bem depois da dissolução dos Beatles e que foi reeditada e incrementada pelos 3 Beatles remanescentes em 1995 para o lançamento de seu single e para,em 1996,o lançamento de Anthology 2(segundo cd de uma coletânea dos Beatles cheia de b-sides,gravações ao vivo e,até mesmo,gravações do The Quarrymen,banda que tinha Paul,John e George e antecedeu a formação dos The Beetles,que posteriormente virou The Beatles).A música é ótima,muito bonita mesmo.A letra é simples e ingênua,mas muito legal também.O John Lennon é um dos caras que falou muito sobre amor em suas músicas e não era piegas,pelo contrário.All You Need Is Love,Something e Girl são músicas que exemplificam muito bem isso.

domingo, 26 de abril de 2009

A fábula do pássaro

Um pássaro belo e de cor distinta sobreava por sobre as casas,pensativo em relação às ações humanas.Por vezes,simples ações por parte desses seres,podiam destruir todo um futuro para uma espécie ou destruir a toda uma família de pássaros como ele.Já havia acontecido.Ele conheceu um pássaro argentino que cantarolando contou-lhe que quando ele morresse já não existiriam outros pássaros de sua espécie naquela região da Argentina.E o pássaro belo,distinto e inteligente pensou:"Mas que cambada de filhos-da-puta.Já destroem suas próprias vidas com rotinas cheias de excessos estúpidos e necessidades vazias,ainda tentam acabar com possíveis futuros de outras raças que não a deles".Irritado e atordoado com essas reflexões,o pássaro começou a observar melhor os seres humanos e tentar entender o porquê de tanto ódio para com eles mesmos e para com os outros seres.Na primeira oportunidade que teve parou em um galho de árvore,em cima de um galho onde um casal se beijava.Observou aquilo e pensou:"Ah,pelo menos nisso eles não falham.Na hora de se reproduzir e se multiplicar como coelhos,eles nunca falham".Ele ouviu o homem do casal dizer alguma coisa relacionada a sexo e após isso,os dois se levantaram e foram embora.O pássaro curioso seguiu-os até o momento em que entraram em uma casa e depois em um quarto.Depois disso,só ouviu gemidos e barulhos bem fáceis de se compreender.Cansado de observar a futilidade humana naquele dia,voltou para seu ninho,com a sua família.No dia seguinte,observou crianças em uma escola e viu quão belas e ingênuas podiam ser aquelas criaturas no princípio de suas vidas e se perguntou:"Como pode algo tão bonito transformar-se no poço de estupidez,malícia e vulgaridade que é a maioria das pessoas"?Após isso,chorou.Chorou por pena.Por pena daqueles seres tão escrotos e por pena de outras aves,que não teriam próximas gerações devido à ação humana.No terceiro,e último,dia de observação,a bela ave se situou perto de meninos que soltavam pipa.Um deles começou a observá-lo demais e ele ficou um pouco preocupado mas foi algo passageiro.Instantes depois,o menino já havia aparentemente desviado sua atenção.Alguns minutos depois,sem saber de onde tinha vindo a pedra,o pássaro simplesmente encontrou-se ao chão,observando o guri vitorioso de estilingue nas mãos.Deu seu último pio,assobio ou o que quer que seja e um pouco depois encontrava-se morto nas mãos do garoto.


OBS.:Saiu,simplesmente saiu.Bobo,ingênuo,eu escreveria algo assim com 10 anos de idade,ou menos,mas é isso.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

"Wait In The Fire"

Estou realmente estranho,já não me reconheço.Gostaria de repetir as coisas como ocorreram no ano passado e não consigo.Essa coisa de trocar de personalidade todo ano é entediante e irritante.Eu já não tenho coisas pra escrever,não acho tempo para ver filmes ou ler coisas legais,sinto-me estranho com frequencia e agora,a tristeza e a apatia estão querendo dar as caras.Eu realmente tenho problemas e não consigo adaptar-me a novas situações.Sinto falta dos meus amigos,mesmo daquelas conversas bobas,muito bobas.Sinto falta da confiança no diretor da minha antiga escola,sinto falta do meu pai,sinto falta de mim.Eu acho desagradável ficar reclamando,desabafando,mas eu não consigo evitar.Minha vida está um saco e,novamente,sinto-me sem forças para andar.Preciso de abraços,conversas,música.Quero tempo,espaço,menos hipocrisia pedagógica,mais lógica por parte dos meus professores.Eu quero poder ouvir música no ônibus sem sentir sono e indiferença depois(acreditem,acontece).Eu quero poder.Já não tenho poder ou controle sobre a minha vida.É porque eu só quero ser feliz como todo mundo.Que merda,não dá pra fazer isso.Eu estou cansado mas não sei por que.Eu quero ouvir mais Jeff Buckley,mais The Smiths,mais Radiohead,mais Beatles,mais Beach Boys.Eu quero mais,não menos.E eu só recebo menos,essa é a impressão.E dói ainda mais quando eu penso no quanto eu lutei por esse "menos".Porra,se existe um Deus,ele me menospreza,me odeia e cospe em mim todo dia por diversão.E não venham me dizer que muita gente está em uma situação pior que a minha e veem tudo com mais otimismo que eu.Eu não consigo!Eu não consigo!Eu não consigo!Eu já tentei,eu tento,eu tentarei.Eu tento todo dia ser mais otimista,menos crítico,esse é o objetivo.Hoje eu gostaria de morrer,realmente gostaria.Essa coisa de viver nessa solidão abissal tá me matando aos poucos.

domingo, 19 de abril de 2009

limonada suíça

Quando fecho os olhos vejo roxo e azul.Só vejo roxo e azul,nada mais que isso.Eu gostaria que tivesse verde,talvez vermelho e cinza,que eu tanto adoro.Mas só há roxo e azul.Eu não sei o porquê.Meus olhos ardem e minha cabeça dói.Não é culpa,não é pena.Não sei o que é.Não é a falta de psicólogo,a falta de amores,a falta de paz,a saudade dos amigos.Existe causa pra isso?Se existisse um remédio pra nos permitir disciplina,se houvesse uma fórmula da física pra voltar no tempo e mudar toda a sua criação.Ah,se eu pudesse...mas não posso.Tem gente que diz:"Eu não mudaria nada."Não sei se é por uma tentativa de passar segurança para os outros ou alguma espécie de conformismo.Eu digo:"Eu mudaria quase tudo".Eu me daria mais prazeres,mais tempo com amigos,mais conversas com o meu pai,mais beleza,mais paz.Eu adoro pensar na paz.E é mais ou menos assim:eu,idoso,sentado numa varanda,com um sol fraquinho batendo e lendo um livro.Lendo um livro e tomando café.Daqueles bem gostosos,como Expresso ou como o da minha avó.Eu sinto cheiro de bolo quentinho recém-saído do forno,eu sinto a presença dos meus netos,mesmo sem sequer conseguir imaginá-los.Eu só imagino a paz.E não consigo trazê-la.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sobre dores desimportantes e viadagens

A minha é uma.Uma dor desimportante.Eu não tenho uma perna a menos,não nasci em favela(bem perto delas,é verdade,mas não em uma exatamente,apesar de às vezes achar que sim),não tenho síndrome de down,não fui pra guerra,minhas dores incomodam mas ninguém liga.Claro que ninguém liga.Dores como a minha são,como posso dizer?Viadagem.Pura viadagem.Pode ser que eu esteja clamando por algo idiota mas respeitem as dores alheias.É verdade,vamos dar prioridade à solução para o câncer e não para uma pré-depressão,semi-incômodo adolescente.Uma hora passa.E se não passar?Eu me sinto um adolescente desde os 9 anos de idade,então.Eu sempre pensava:"Uma hora eu fico que nem eles".Mas até agora nada.E as exigências e problemas são cada vez maiores.Está complicado.Mesmo.E aí?O que eu faço?Eu posso dormir.Dormir sempre ajuda.Mas...ah,não.Não há mais tempo para dormir.Tenho que estudar.Então vira um ciclo vicioso de dor,desordem e...viadagem.

Muito confuso.Nem eu entendi muito bem,mas ok.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O Passeio

Numa estrada deserta,vazia,no interior do país.Por dentro da madrugada,descobrindo o mato que passa rapidamente ante meus olhos,vendo quanta beleza esse país esconde.Uma beleza alternativa,incomum,ingênua.Uma beleza intocada.É só isso mesmo:a beleza do intocado.Tudo parece tão modificado pelo homem e nos resta admirar os belos prédios,as grandiosas estátuas e coisas assim.Não é só isso.Existe mais.Onde?Esse é o problema.Esconde-se pra bem longe de nós.É uma beleza que dói de se olhar.Faz cócegas em sua mente e te pergunta:"Por onde você tem andado?Você tem tido contato com a natureza?"Sim,ela intimida,incomoda.Mas agrada,acalma,pacifica,clareia.Clareia a vida,a visão,os sonhos.Se em nossos cotidianos,somos pessoas complexas,de idéias complexas,amizades complexas,necessidades complexas,vícios complexos,tudo fica simples e claro.Tudo é pronto,tudo é já.Eu vivo dizendo pra mim mesmo o quanto preciso disso.Desses passeios,dessas viagens,dessa paz,dessas pazes.Fazer as pazes comigo mesmo.Pedir desculpas ao meu corpo e,acho que também à minha mente.Por tudo.Pelo fast-food que faz mal e nem é tão gostoso,pelos relacionamentos que nos agridem e são desnecessários,pelo trabalho que já não é mais tão agradável e doce quanto parecia no início.Pela impaciência com quem não tem nada a ver com sua história.Eu gostaria de pedir desculpas também às pessoas que eu já tratei mal nessa vida.Foram poucas,eu sei.Pouquíssimas mas eu posso ser cruel,às vezes.Todos podem,acho que todos são,ao menos uma vez na vida,salvo raras exceções.Pedir desculpas por descontar nelas a minha frustração e as minhas expectativas exageradas e desesperadas,que só geram ações exasperadas.Torno-me rude,grosso e estúpido.E nem é preciso fazer nada disso.Não acho que as pessoas me retribuam muita coisa boa mas não quero ser mau e nem fazer mal.Isso não.Quero me redimir.Quero voltar para minha casa na cidade mais renovado.Poder brincar mais com meus cachorros.Poder fazer os carinhos que eles tanto gostam e pedem.Sim,eles pedem.Cachorro é gente.E nós somos uns cachorros.As pessoas não prestam muito e não são muito confiáveis,sabe?Cachorros são amigos,confiáveis e são bonitos.Sempre bonitos,apesar de alguns parecerem estranhos,sempre há beleza neles.Seja no pelo(agora sem acento circunflexo),seja nos olhos,seja na lingua que pende pra fora da boca e fica pingando baba pela casa inteira.Eu não sei,eu queria entender mais das coisas.Entender mais o mundo,me entender melhor.E é nesses momentos que eu descubro muita coisa.Em estradas desertas,ao tomar chocolate quente na Serra,ao ouvir música no meu discman.Sempre é possível se descobrir um pouco mais.E isso é lindo.Nós todos somos infinitos e eternos.Há na nossa existência algo de muito eterno,apesar de não durar pra sempre.Enquanto estamos vivos somos pra sempre.A vida é duvidosa.A gente nunca sabe quando vai morrer,então poderia ser hoje,amanhã.Poderia ser agora.Neste momento,neste carro,nesta estrada.A estrada é longa e eu vejo um posto de gasolina.Decido parar,abastecer,ir ao banheiro e voltar pra estrada.Nesse tempo,converso com as pessoas que trabalham no posto.Gosto,às vezes,de ouvir o povo.De ouvir as falas populares.Acho engraçado as pessoas se sentirem tão grandes,tão fortes,tão seguras,tendo apenas sua fé,suas superstições,seus mitos,suas observações sem embasamento e seus problemas.Muitos problemas.Que passam como nada pelos olhos dessas pessoas.É coragem,é força,é beleza.Em tudo há beleza.Tudo é bonito quando a gente quer.O banheiro do posto não é bonito,nem engraçado.Nem um pouco engraçado.Saio do banheiro e despeço-me educadamente das pessoas que ali trabalham.Vamos pular um pouco o trajeto.
Três horas depois chego numa cidade estranha,feia e pobre mas gosto dela.Decido ficar ali durante a noite.Nada é confortável mas isso não é problema.Eu não ligo.Desculpe,na verdade,eu ligo sim.Mas hoje eu quero não ligar.E foi isso que eu fiz.Durmi como se estivesse em casa.No dia seguinte,pedi a conta da diária e peguei a estrada novamente.Um mês depois,eu voltei pra casa e comecei a ficar um pouco entediado.Comecei a passear mais vezes e tentei levar minha família junto,só que não funcionou.É sempre bom viajar.Nos arranca dessa nossa visão de mundo limitada a um único ambiente,a um único grupo de pessoas.Ainda bem que se pode viajar por aí.