Se há algo aqui dentro,
já desconheço.
Se há algo que bate em meu peito,
provavelmente eu nem mereço.
Por mais que aqui ainda haja um coração,
sei que tudo é vão.
Tudo é pó,tudo é água,tudo é carvão.
Na plenitude e na solidão.
Na sanidade e na depressão.
Por onde corro?Por que corro?
Sei que já não há razão,
porque o fim de todas as coisas é o chão.
Tudo cairá por terra,
toda luta,todo suor,toda imensidão,
todos os sentimentos que estão aqui.
Tudo é vão.
Tudo que é vago,efêmero
ou tudo que é belo,relevante.
Dos livros na estante,dos beijos escondidos,
das noites mal-dormidas,nada vale a pena,
e só eu que tenho pena
de mim mesmo e da humanidade.
2 comentários:
É um belo texto.
O poema é lindissimo apesar de não desejar que sintas assim.Nada é em vão, acredita nisso!
Beijinhos com ternura.
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