eu passo os dias numa vertigem enorme, não sinto as coisas, não presto atenção nas músicas que escuto, não entendo as aulas que assisto, não gosto das pessoas que me sorriem, não vejo nada de bonito e não percebo nada de novo. nesse momento de dispersão louca em que me encontro, é tudo fugaz, passa assim (zuuuum), rapidinho, como um foguete sendo lançado, como um beijo roubado, como aquele gol feito sob impedimento, que a zaga toda parou pra reclamar e nem viu o atacante entrando. e o que me dá prazer nessa rotina e faz com que eu continue? nada (pra primeira pergunta) e inércia (pra segunda pergunta, é claro). é o não saber como mudar. eu quero mudar, mas pra onde, pra que estado, pra que frequência, pra qual outra situação? eu me vejo no mesmo estágio dos sex pistols. eu proponho uma destruição do que existe, só não tenho uma solução. eu queria ser um balão e poder "voar, voar, subir, subir" e sumir, ir pra bem longe. já pensei em Londres...
Um comentário:
Penso em Londres o tempo todo.
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