segunda-feira, 21 de junho de 2010
falta
saber que a sua distância é o que me inspira e lembrar que te deixei escapar frente a meus olhos, por entre os meus dedos me deixa na boca um gosto de...caqui com cica. não é um gosto ruim, mas incomoda. eu te quero de volta em todos os dias da minha vida, eu sempre penso em você, mas como vou ter inspiração para escrever, para compor, para ser artista? eu preciso da minha arte mais do que preciso de você. a minha arte me sustenta e você me desmorona, me deixa frágil, bobo e ingênuo. eu já sei agora: eu preciso da sua distância, da sua falta e não de você. eu te amo, eu te adoro, eu te amo, eu gosto tanto do seu cheiro, do seu jeito e das coisas que você gosta. eu amo os livros que você me apresentou, os filmes que a gente assistia, tudo com você era lindo, mas não é de felicidade que se faz poesia, meu ganha pão é manter você longe de mim.
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7 comentários:
muito bonito, senhor black!
"E a tristeza parece poesia" (8)
Chorei. Tem tanto haver com o meu péssimo momento sentimental.
Muito bonito mesmo! O grande dilema do poeta: a poesia e a musa...
Não dói transformar dor em arte.
Prazer.
Convém sempre manter uma porta aberta, nunca excluir todas as possibilidades, nunca se sabe o futuro (pelo menos, a curto prazo, enquanto o corpo não enruga). bfds
"pra que rimar amor e dor?"
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