sábado, 25 de julho de 2009

Chifres

Não choro se tenho um belo e vigoroso par de chifres em minha cabeça.O que ocorre é que a felicidade vem me corneando,me chifrando,me traindo desde sempre.Quando achava que ela era só minha,via-a abraçada com conhecidos e amigos.Nas nossas tentativas de casamento,ela sempre fugia com aqueles nos quais eu depositei um pouco da minha confiança(que,para mim,já é muito).Eu sei que ela não gosta de mim e talvez nunca vá gostar,mas amo-a e almejo-a.Não saio mais em busca dela,pois sei que não é assim que se consegue atingi-la,é vivendo naturalmente,esquecendo-se dela que você a encontra.Apesar disso,não tenho conseguido.Já cheguei bem perto,tive noites e dias e tardes de muito prazer com ela nesses dois últimos anos mas nada definitivo,mesmo que por vezes tenha durado bastante,até meses.Agora estou mais distante dela do que imaginaria estar há pouco tempo.As suas parentes,amargura,apatia,tristeza e melancolia,têm encontrado refúgio em mim,o que me desagrada excessivamente,mas não encontro forças para escapar de seus braços.

2 comentários:

Anônimo disse...

É aquela velha história, ao invés de caçar as borboletas cuide do jardim.

Diego Brito disse...

Amigo, chifre trocado não dói,..
Eu sei que a dama em questão é, felizmente, bem promíscua, mas, confesse,..
Você também já traiu a confiança dela.