E vale realmente sangrar
em cima da folha em branco,
do papel virgem,
do A4 ingênuo ou da folha de caderno?
Vale,de fato,jorrar emoção em versos
expor-se,abrir-se todo
e crucificar,punir,maltratar
com tanto sentimento
a folha inocente?
Ela não tem culpa,imagino,
se tanta expressividade,tantas aflições
não cabem dentro da gente
e que se a gente não despejar nossa
matéria mais sincera,íntima e criativa
em suas brutas linhas de celulose,
poderíamos acabar,nós mesmos,
sendo despejados para fora de casa.
Nossa mente iria querer paz
e nós a oferecer somente dor e agonia.
Um dia seria inevitável
que nossa própria mente nos expulsasse de lá.
Por fim,agradeço-te,por tua brancura
que clama por confidências e ardência
transcritas em tinta preta,azul,vermelha,
como quiseres tu,escritor.
OBS.: Não que eu tivesse algo (de interessante) a dizer,como fica claro no texto acima,mas estava com saudade de postar no blog.
2 comentários:
Nossa, me arrisco a dizer que foi o melhor poema seu que já li até agora!
Gostei mesmo!
*.*
incrível,black.
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