Samba
Tem algo de diferente no cavaquinho.
Sinto como que uma evocação,
uma obrigação de dançar,
apesar da falta de vocação.
Sinto como se cada dedilhado
no instrumento que chora,
fizesse como mágica,
a minha dor ir embora.
Entendo que o samba
não dura pra sempre.
Mas se durasse,não sei,
sinceramente,
o que seria de mim.
Seria uma felicidade
sem tamanho.
Seria,eu,a felicidade,concretizada,
em forma de ser humano.
Lápis
Sei que não vais me trair,amor.
Sei que quando mais precisar de ti,
serás o primeiro a me salvar.
Serás tu que dissipará meus
piores pesadelos e quem
aliviará as minhas mais
profundas mágoas.
Sei que não quebrarás
a minha confiança,quando a hora
de eu me expressar bater
frente-a-frente comigo.
Amo-te,Lápis,por conceder-me
a paz que preciso quando ninguém
mais aguentaria a minha dor.
5 comentários:
Haaaa, eu realmente curti os poemas, baby! Vamos fazer isso mais vezes, ok?
beijos!
UaaU! O último trecho do último poema me deixou sem ar *-* Genial!
(e eu tenho que excluir a outra conta...)
Eu amo suas poesias,Black.
"Sinto como que uma evocação,
uma obrigação de dançar,
apesar da falta de vocação."
Quem já foi a uma roda de samba de raiz apenas com a intenção de ouvir,sabe o que é isso.
Samba e lápis podem até não dar samba, mas deram poesia em dois ótimos poemas.
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