segunda-feira, 21 de abril de 2008

Inversão de valores

2 textos de um momento de indignação.

TEXTO 1
O certo é o errado.O errado é o certo.Na música,na escrita,na fala,na arte.Na vida.Tudo ao contrário.Tudo certo.Tudo errado.O que é bom,é visto com maus-olhos e o que é fútil e passageiro,é extremamente valorizado.Com essa admiração da instantaneidade,o conhecimento duradouro morre.E com ele,a inteligência humana.
Des-evolução?

TEXTO 2
O privilégio e destaque dado às coisas materiais.As coisas temporárias,a elas têm sido dado o topo do mundo e dos valores.Fala-se errado,porque é mais simples.Se é vulgar,por ser mais simples.Busca-se pela facilidade e praticidade em tudo e como resultado,encontra-se futilidade e vazio.Futilidade e vazio.A futilidade não é sequer uma palavra que espante as pessoas.Tornou-se comum,a vulgarização dos valores.Músicas que,antes sofriam preconceito pelo seu conteúdo agressivo e estúpido,agora é acolhido por todos.Os bons filmes lançados,ficam pouco tempo em cartaz ou quando não,têm como destino cinemas alternativos ou redes pequenas de cinema.É a desvalorização da beleza que,gera a desvalorização da moral.Não tem-se mais respeito pelo tradicional.Instituições respeitadas são substituídas por outras novas.Por quê?Porque o novo,o mais arrojado e moderno é o que importa sempre.A moral humana vai ao poço junto ao senso crítico.O que faz sentido?Alguma coisa ainda faz sentido?E até quando vai fazer sentido?Eu já não sei reponder as duas últimas.

sábado, 5 de abril de 2008

Rede de esgoto

Um grupo de pessoas analfabetas,no meio de várias pessoas alfabetizadas.As analfabetas começam a fazer algumas amizades e,os amigos dos analfabetos começam a se utilizar do vocabulário dos analfabetos,por ser mais fácil.Os amigos dos analfabetos começam a se utilizar desse vocabulário para conversar com seus amigos alfabetizados que,acham a proposta interessante.Um acréscimo à lingua já existente.Em algumas gerações,ninguém sabe falar direito a língua materna.Um doce pra quem adivinhar o país.
A merda se alastra e o ouro não vinga.