sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Pra Aquietar
sábado, 18 de dezembro de 2010
saudade de mim
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
o fim
terça-feira, 23 de novembro de 2010
azedume
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Ciao, mondo!
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Resposta
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
A Day In The Life (of Roberto)
terça-feira, 7 de setembro de 2010
quando meu pai viaja
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Falta de coesão
domingo, 15 de agosto de 2010
agradecimento
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Ashtray Heart
domingo, 4 de julho de 2010
no carrossel
segunda-feira, 21 de junho de 2010
falta
quarta-feira, 16 de junho de 2010
fuga de cérebro
terça-feira, 15 de junho de 2010
Jimmy Bolha
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Post de blog
acho que falar sobre felicidade, afasta a felicidade, se é que ela existe, mas eu já fui feliz e sabia muito bem disso, só que não consigo mais trazê-la pra perto. não consigo mais trazer meus amigos pra perto, todo mundo mora longe, estuda longe, tem horários diferentes, nem sempre tem grana pra sair, às vezes fica muito tarde, às vezes é muito cedo e assim o tempo passa. passam dias, semanas, meses e passou o ano passado inteiro assim. sem que eu mesmo soubesse, eu me prometi que em 2010 seria diferente. e está sendo, só que não necessariamente melhor.
ah, eu nem tenho o que dizer, minha mente tá cansada e eu só penso em dormir.
se eu soubesse que a vida era assim, não tinha vindo.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Bittersweet
Ele saiu de casa com um destino bem claro, o trabalho. No meio do caminho encontrou com um velho amigo, bateu um papo de 5 minutos e marcaram um futebol pro final-de-semana. Depois, no metrô, viu de relance uma ex-namorada que o traiu com seu amigo. E foi só nesse momento que ele lembrou o porquê daquele amigo que ele havia encontrado, ser um "velho amigo", ele realmente tinha esquecido disso. Não pode. Homem não esquece dessas coisas. Homem não pode ser corno, homem só pode chifrar. Homem pode comer todo mundo mas não pode ser traído uma vez que seja. Isso é ser homem. Pra ser homem de verdade, perceba, é preciso ter uma antena rastreadora. É preciso ter um radar, pra que, quando você tem uma namorada, você possa perceber, sentir, farejar uma possível traição. Caso essa possível traição seja notada, verificada, o próximo passo é ou ameaçar a namorada ou meter a porrada no cara. Mas não, o nosso personagem não era assim, ele até pensava assim, só que não fazia. Em toda situação de conflito, ele recuava mais e mais, até se tornar um mero espectador do caos.
Depois de perceber que aquele "amigo" foi o filho da puta que comeu sua ex-namorada, ele foi pro trabalho, mas não trabalhou. Ficou o dia inteiro com uma ideia fixa: VINGANÇA. Ele lembrava do futebol no sábado, podia armar uma desculpa pra dormir na casa do tal amigo. E aí? Jogar soda cáustica no pau do cara enquanto ele dormia? Esperar o cara dormir e dar uma porrada nele com uma cadeira, uma...sei lá, uma qualquer coisa? Ou...o cara tem namorada,né? Pronto. Plano 3 escolhido.
"O plano já está construído, hoje é sexta-feira, logo, amanhã é sábado, é claro. Amanhã vai fazer sol, diz a previsão. Ótimo para um futebolzinho com os amigos. Um futebol entre bons amigos, que não se veem há bastante tempo mas que ainda mantém certa sinceridade e sentimento fraternal um pelo outro. Amanhã vai ser um belo dia, eu já entrei em contato com a namorada dele pelo orkut. E ela disse que vai no jogo. É só esperar um momento em que fiquemos a sós. Afinal, eles estão juntos há 2 meses. O que são dois meses se eu, por exemplo, fui traído por aquela cachorra com 1 ano de namoro?
Hoje é sábado de manhã (hahahahahaha). Sinto um gosto agridoce na minha boca (caralho, tenho que comprar a camisinha), acho que é o gosto da vingança chegando chegando chegando chegando chegando..."
OBS.: Eu tava vendo um filme, às 7 da manhã, aí parei de assistir, afinal eu tinha que estudar pros dois testes do dia, e escrevi isso. Achei estranho.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
escapismo já.
eu passo os dias numa vertigem enorme, não sinto as coisas, não presto atenção nas músicas que escuto, não entendo as aulas que assisto, não gosto das pessoas que me sorriem, não vejo nada de bonito e não percebo nada de novo. nesse momento de dispersão louca em que me encontro, é tudo fugaz, passa assim (zuuuum), rapidinho, como um foguete sendo lançado, como um beijo roubado, como aquele gol feito sob impedimento, que a zaga toda parou pra reclamar e nem viu o atacante entrando. e o que me dá prazer nessa rotina e faz com que eu continue? nada (pra primeira pergunta) e inércia (pra segunda pergunta, é claro). é o não saber como mudar. eu quero mudar, mas pra onde, pra que estado, pra que frequência, pra qual outra situação? eu me vejo no mesmo estágio dos sex pistols. eu proponho uma destruição do que existe, só não tenho uma solução. eu queria ser um balão e poder "voar, voar, subir, subir" e sumir, ir pra bem longe. já pensei em Londres...
quarta-feira, 28 de abril de 2010
"desperation takes hold"
Como um passageiro
dum ônibus sinistro
que vaga sem direção
para nunca chegar
eu estou atento e perdido
e sou como árvore
que vê as folhas caindo
sem sequer poder catar.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Obrigado pela atenção e desculpe qualquer coisa aí.
Ah, só pra não dizer que não postei nenhum texto:
Espasmo
fiquei calado perplexo
o espasmo frente à quietude
me surpreendeu como nada antes
havia feito
eu sempre tão expressivo
expansivo e efusivo
comecei a enxergar meu coração
frágil e vulgar e mergulhei sozinho
no profundo de minhas dores
na chama de minhas paixões inúteis
e quedei-me paralisado
eu queria saber reagir
quando me vejo no espelho.
sábado, 27 de março de 2010
quando ela for embora
quando ela for embora,
as marcas de dedo no monitor
vão me fazer lembrar.
as músicas pops e o chiclete de canela
vão me fazer lembrar.
o protetor solar filtro 30 que ficou
na prateleira de cima
vai me fazer lembrar.
a carta 4 vermelha com a pontinha amassada
do UNO
vai me fazer lembrar.
as próximas 2 horas de camisa molhada
de lágrimas
vão me fazer lembrar.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Continho
"Eu nunca dirigi uma carroça, moço". Mas, mesmo assim, não tinha jeito. O que havia ali era uma donzela ferida no meio da plantação de cana precisando ser levado ao Posto Médico e seu pai, o moço a que me referi, não tinha coordenação motora pra controlar qualquer coisa. E a gente ficou ali numa troca de olhares e a pressão sobre mim aumentando, o sangue da moça escorrendo e eu não sabia controlar a tal da carroça. Eu sempre soube que isso de passar as férias no interior não daria certo.
E nada funcionava naquele lugar. Não havia celular pra ligar pra uma ambulância vir buscá-la (por mais que demorasse, seria mais rápido que eu dirigindo uma carroça) e o poste telefônico tombara há duas semanas e ninguém foi fazer a manutenção. E o velho olhava pra mim, até que gritou "Ah, seu imbecil, minha filha tá morrendo,tá perdendo sangue" e foi aí que, não sei como,meu espírito de herói falou mais alto e como se fosse a coisa mais fácil do mundo, subi na carroça e fui, controlando sem nenhuma dificuldade. O Posto Médico ficava a 30 km dali. Eu estava indo o mais rápido que podia, dando o meu melhor para salvar a pobre moça, que havia cortado sua perna com o facão que usava para remover a cana. E eu sentia como se não fosse eu ali, a velocidade dos cavalos refletia-se nas batidas incessantes e ferozes de meu coração, era como se eu e aqueles cavalos e aquela carroça fôssemos um só, tudo em perfeita harmonia.
4 Km, 6 Km, 9 Km, 13 Km, 16 Km, 17 Km,parei. Eu já não conseguia saber qual era o caminho e perguntei à moça, que era moradora da região, portanto boa conhecedora do local mas ela já estava inconsciente fazia tempo e só soltava uns grunhidos de dor e aparente confusão mental. Era o fim, pra ela. Mas não, o herói não pode desistir da mocinha assim, e retomei nas minhas mãos as rédeas da carroça e fui.
16 Km,15 Km,parei. Eu acabara de perceber que já havia passado por ali e não havia ninguém que pudesse me dizer por onde ir e o suor escorria em largas doses, como numa avalanche, enchente em túnel, essas coisas e eu comecei a chorar em desespero. "Porra, por que eu tenho que ser respnsável pela morte dela?! Como?! Por que eu, seu Deus ingrato, filho-da-puta?!" E caía a chorar desesperadamente, ela provavelmente já estaria morta a esssa hora, pela quantidade de sangue que havia perdido. Eu estava enlouquecendo...e aquele sol, aquelas MOSCAS! Moscas demoníacas, satânicas, desgraçadas, começavam a circular em volta da enorme ferida da mulher. "Por que não fizemos um curativo rápido?" pensei, mas aí lembrei que a casa ficava a uma enorme distância, seria mais tempo perdido, caso tentássemos. E eu via o tecido morto se formando na região machucada e as moscas e o calor e o suor e o desespero e a loucura.
Pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, saí com a carroça em qualquer direção e com toda a velocidade possível, eis que chega uma hora em que eu retomo a consciência e lembro, subitamente, que eu não sei dirigir carroça e que eu nem sequer conhecia aquela moça ou o pai dela. Como eu havia ido parar ali? Que férias foram essas que eu tirei?
Então, desci da carroça, observando a moça, que até era bonita, se não fossem as expressões sofridas de quem trabalha na lavoura. E aí saí correndo o mais rápido possível, com os olhos fechados, imaginando que em algum momento fosse aparecer uma árvore pra que eu batesse e ficasse inconsciente. Era o melhor a se fazer, sem dúvida. Corre, corre, corre, corre, corre, corre, pernas doem, falta-de-ar,parei. E ao parar, comecei a ouvir o barulho de água, como se fosse uma cachoeira imensa. E vou correndo em direção ao barulho da água, correndo incessantemente e ouço a água se aproximando, se aproximando, ficando bem próxima, bem próxima, até que acho a cachoeira gigante e ainda nauseado da corrida, fico fascinado em estar na foz de uma enorme cachoeira, onde havia um despenhadeiro.
Eu lembro que sentia muita sede, muita sede e fui correndo como louco em direção à agua e mesmo pegando-a em minhas mãos, elas continuavam secas e intactas. Secas, intactas, secas, intactas, secas. E um ódio dum animal ferocíssimo me sobe o corpo, o calor absurdo me corroendo os sentidos e a razão e eis que grito "AAAAAAAAAAAAAAAAAA" e saio correndo em direção ao penhasco e correndo e correndo e me aproximando...
E então pulo! "AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA", caindo, meus braços girando freneticamente, vou morrer, amém, era tudo o que eu precisava, finalmente a paz.
Aí vejo meus pais me segurando, um de cada lado, gritando:
_Filho, filho, acorda, é só um pesadelo, é só um pesadelo!
E eu, molhado de suor, me percebo em casa, seguro, em minha cama, com meus pijamas ainda infantis. Abraço meus pais e choro de alegria, agradecendo a eles por estar ali, vivo, são e salvo.
Quando eu tive esse sonho, eu tinha 14 anos. A parte em que agradeci por estar vivo era verdade, só que nunca mais fui são e nunca mais estive a salvo de ter terríveis pesadelos. De tantos pesadelos que tenho, eles quase já fazem parte da minha realidade. Eu nunca mais fui o mesmo...nunca mais.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
_az_o
eu sou como uma folha em branco
pronta para ser usada
recheada de tinta e conteúdo
só que não há nada que me preencha
não há literatura de qualidade
filmes do Truffaut ou álbuns do Radiohead
que me preencham
o vazio se instaurou em mim
há uns dias atrás e parece
que veio pra ficar.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Pai
Um dia,
alguém me contou
que a felicidade é algo
que se constrói aos poucos,
com leveza,humildade e,
principalmente, paciência.
Esse foi um dos dias
mais tristes que já vivi.
Eu, extremamente ansioso,
orgulhoso e arrogante,
nunca vou ser feliz.
Mas foi nesse mesmo instante
que entendi por que o meu pai
está sempre sorrindo.
OBS.: Às vezes, é como se eu tivesse 7 anos de idade.