segunda-feira, 31 de maio de 2010

Post de blog

eu não tenho mais motivos pra escrever. não há nada pra se falar ultimamente. na verdade, se eu pudesse, eu pararia de falar com as pessoas que vejo todos os dias. eu sinto falta de conversar com as pessoas que realmente importam sobre coisas que realmente me interessam. e eu também me perco um pouco, pois já nem sei tão bem o que realmente me interessa. tá tudo muito turvo, confuso, feio. eu passo a semana querendo o fim-de-semana, e quando ele chega, passa tão rápido que não faço nada do que queria.
acho que falar sobre felicidade, afasta a felicidade, se é que ela existe, mas eu já fui feliz e sabia muito bem disso, só que não consigo mais trazê-la pra perto. não consigo mais trazer meus amigos pra perto, todo mundo mora longe, estuda longe, tem horários diferentes, nem sempre tem grana pra sair, às vezes fica muito tarde, às vezes é muito cedo e assim o tempo passa. passam dias, semanas, meses e passou o ano passado inteiro assim. sem que eu mesmo soubesse, eu me prometi que em 2010 seria diferente. e está sendo, só que não necessariamente melhor.
ah, eu nem tenho o que dizer, minha mente tá cansada e eu só penso em dormir.
se eu soubesse que a vida era assim, não tinha vindo.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

too blue to be true

pras pessoas
que realmente vivem,
a minha vida é um mero ensaio.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Bittersweet

Ele saiu de casa com um destino bem claro, o trabalho. No meio do caminho encontrou com um velho amigo, bateu um papo de 5 minutos e marcaram um futebol pro final-de-semana. Depois, no metrô, viu de relance uma ex-namorada que o traiu com seu amigo. E foi só nesse momento que ele lembrou o porquê daquele amigo que ele havia encontrado, ser um "velho amigo", ele realmente tinha esquecido disso. Não pode. Homem não esquece dessas coisas. Homem não pode ser corno, homem só pode chifrar. Homem pode comer todo mundo mas não pode ser traído uma vez que seja. Isso é ser homem. Pra ser homem de verdade, perceba, é preciso ter uma antena rastreadora. É preciso ter um radar, pra que, quando você tem uma namorada, você possa perceber, sentir, farejar uma possível traição. Caso essa possível traição seja notada, verificada, o próximo passo é ou ameaçar a namorada ou meter a porrada no cara. Mas não, o nosso personagem não era assim, ele até pensava assim, só que não fazia. Em toda situação de conflito, ele recuava mais e mais, até se tornar um mero espectador do caos.

Depois de perceber que aquele "amigo" foi o filho da puta que comeu sua ex-namorada, ele foi pro trabalho, mas não trabalhou. Ficou o dia inteiro com uma ideia fixa: VINGANÇA. Ele lembrava do futebol no sábado, podia armar uma desculpa pra dormir na casa do tal amigo. E aí? Jogar soda cáustica no pau do cara enquanto ele dormia? Esperar o cara dormir e dar uma porrada nele com uma cadeira, uma...sei lá, uma qualquer coisa? Ou...o cara tem namorada,né? Pronto. Plano 3 escolhido.

"O plano já está construído, hoje é sexta-feira, logo, amanhã é sábado, é claro. Amanhã vai fazer sol, diz a previsão. Ótimo para um futebolzinho com os amigos. Um futebol entre bons amigos, que não se veem há bastante tempo mas que ainda mantém certa sinceridade e sentimento fraternal um pelo outro. Amanhã vai ser um belo dia, eu já entrei em contato com a namorada dele pelo orkut. E ela disse que vai no jogo. É só esperar um momento em que fiquemos a sós. Afinal, eles estão juntos há 2 meses. O que são dois meses se eu, por exemplo, fui traído por aquela cachorra com 1 ano de namoro?

Hoje é sábado de manhã (hahahahahaha). Sinto um gosto agridoce na minha boca (caralho, tenho que comprar a camisinha), acho que é o gosto da vingança chegando chegando chegando chegando chegando..."

OBS.: Eu tava vendo um filme, às 7 da manhã, aí parei de assistir, afinal eu tinha que estudar pros dois testes do dia, e escrevi isso. Achei estranho.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

escapismo já.

eu passo os dias numa vertigem enorme, não sinto as coisas, não presto atenção nas músicas que escuto, não entendo as aulas que assisto, não gosto das pessoas que me sorriem, não vejo nada de bonito e não percebo nada de novo. nesse momento de dispersão louca em que me encontro, é tudo fugaz, passa assim (zuuuum), rapidinho, como um foguete sendo lançado, como um beijo roubado, como aquele gol feito sob impedimento, que a zaga toda parou pra reclamar e nem viu o atacante entrando. e o que me dá prazer nessa rotina e faz com que eu continue? nada (pra primeira pergunta) e inércia (pra segunda pergunta, é claro). é o não saber como mudar. eu quero mudar, mas pra onde, pra que estado, pra que frequência, pra qual outra situação? eu me vejo no mesmo estágio dos sex pistols. eu proponho uma destruição do que existe, só não tenho uma solução. eu queria ser um balão e poder "voar, voar, subir, subir" e sumir, ir pra bem longe. já pensei em Londres...