sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O que tem no fundo?

Qual é o sentido da vida?E existe realmente uma essência única?Será que cabe a cada um descobrir suas próprias motivações?Concordar com a última pergunta é o que me parece mais sensato.Mas o que acontece quando essas motivações não te preenchem por completo?O que acontece quando a sensação de vazio é maior que a força para revidar?É assim que tenho me sentido nessas férias.Tudo pelo que batalhei parece não fazer sentido.Parece inútil,distante,triste.A vida parece só futilidade.Mesmo quando o sacrifício para atingir os objetivos foi grande,como foi o meu.Férias.Servem pra deixar o cérebro de molho e aproveitar pra fazer coisas que não daria pra fazer durante o ano.Pelo menos,pra mim é assim.Só que eu tenho problemas com raciocínio lento e meu cérebro entra em estado de inércia muito rápido.Logo que paro de estudar,parece que tudo fica mais difícil.Fica mais difícil para ler e interpretar coisas.Não há motivação para fazer as coisas já que ao voltar pra casa,você vai ser uma pessoa desocupada e idiota.Sinto-me meio sem chão.E tenho medo de voltar a ser o que era.Estou com medo de colocar os meus pouco mais de 20 GB de música no computador,estou com medo de esquecer que a Matemática existe e ser feliz sem ela.Falando assim,parece besteira,mesmo pra mim.Só que são coisas que fazem uma diferença enorme pra mim.Já que não tenho muita coisa pra fazer,as velhas reflexões voltam a minha mente.Devaneios que só me prejudicam e que vão corroendo a minha auto-estima aos poucos.Volto a pensar sobre a intransponibilidade de meus medos e incapacidades.Quando estou no meio do ano escolar,penso nisso mas volto a estudar e fica tudo bem.Agora,penso nisso e vou jogar pra tentar me distrair,mas não dá.Eu preciso de tanta ajuda e ninguém percebe.Eu pareço tão seguro ao agir,ao falar,ao me portar.Eu pareço tão estável e equilibrado.Mas eu gostaria de ter auxílio.Outro problema é que não sei se teria humildade pra receber ajuda,não sei se confiaria em alguém pra me ajudar.Porque acho que as assistências que tive nunca ajudaram muito.Era sempre pior pedir ajuda.A vida é um poço sem fundo.Uma queda infinita rumo ao nada.Só que no topo do poço existem outras pessoas te olhando.E sente-se vergonha de cair de uma vez por todas,de desistir.Eu sei que não teria coragem pra desistir dos meus anseios,não hoje,não agora.Mas o peso deles me afeta.O fato de ser sempre eu quem chama a responsabilidade só aumenta o problema,mas eu não posso sentar e esperar.Eu não tenho amparo.Ninguém faria o que estou fazendo por mim mesmo.Só tentam me puxar pra trás.Eu já tentei socar o tijolo do poço,pra ver do lado de fora,tentar enxergar as coisas de outra maneira.Já consegui,mas eu sempre volto pro mesmo lugar.As paredes sempre se reconstituem e impedem minha visão novamente.

Minha quarta-feira foi legal.Obrigado.

3 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

black, quando você ver meu ultimo post... nossa! eu fiz antes de ler o seu, e tipo, é exatamente assim que estou me sentindo, só não deixei tão explicito como você, é algo tão intimo que não consegui pôr no blog.

Sei que isso não ajuda, mas eu sei mesmo como é se sentir assim.

Eu só queria ter forças pra dizer pra todo mundo que não vejo quase nennhum sentido em continuar...

Existem coisas boas sim, na verdade só as pessoas que me mantêm viva, algumas pessoas que me fazem querer fazer algo por mim e por elas, mas ás vezes nem isso é o bastante.

e Radiohead né, ele é minha terapia também, eles me entendem.

e lembro da porcaria que é não ir ao show deles, seria tão lindo, tão perfeito.

ótima maneira de terminar o ano né?
apenas com sonhos desfeitos.

Beijos!
e é... apesar de tudo eu continuo, mesmo sem motivo aparente, um dia haverá razão.

Anônimo disse...

Eu nunca consegui ver muito sentido na minha vida... mas eu não consigo fazer tantas coisas...
Férias me fazem vegetar e desperdiçar tempo , mas quer saber de uma: foda-se se eu esquecer que o peso anula com a normal.